Qual a melhor prenda a oferecer?
Assim as prendas que devemos oferecer são aqueles relacionados com a cultura (Livros, Cd’s, Dvd’s, bilhetes para espectáculos …) e com as tecnologias (computadores, impressoras, leitores de mp3, plasmas, electrodomésticos …). Tudo que se relacione com o vestuário é de evitar.
Na semana passada tive um grande choque quando ia fazer as minhas compras de Natal. O vestuário atinge preços elevados, nunca pensei que tudo pudesse estar tão caro, preços inimagináveis. Queria comprar uma camisola para oferecer à minha irmã, entrei numa loja, que ela é frequentadora habitual, mas só em tempos de saldos, depois passei a entender porque. Pedi ajuda à funcionária, que me começou a mostrar as camisolas, que não tinham ouro nem qualquer tipo de pedras preciosas, às quais não atribui qualidade acima da aceitável. Começo a ver os preços e elas rondavam todas entre os € 75 e os € 90, achei um exagero e perguntei se não tinha nada mais barato. A funcionária mostro-me umas mais acessíveis (segundo ela), umas camisolas banais de uma só cor quase lisas, cujo preço não era inferior a € 50. Agradeci e pensei noutra coisa, porque nas sucessivas montras da rua de santa catarina o preço do vestuário rondava sempre estes preços. Pensei num cachecol e numas luvas, mas os cachecóis rondavam os € 25 e as luvas os € 20, mais uma vez tudo muito inflacionado. Certamente que não comprei nada relacionado com vestuário.
Ainda dizem que o sector têxtil está em dificuldades, as margens dos produtos devem ser acima dos 150%, nesta época bastantes superiores. Eu não quero que ninguém fique a perder dinheiro comigo, mas também não gosto de ser enganado. Quero pagar o valor justo pelos bens e serviços que consumo.
Claro que a opção alternativa são outro tipo de bens, que muitas vezes até são alvo de promoções nesta altura do ano. Falo dos produtos que envolvem tecnologia e os bens culturais. São alternativas válidas, uma vez que é racional esperar cerca de 3 semanas pela época dos saldos, onde o preço pedido pelo vestuário se aproxima do seu real valor.
Aos produtores têxteis do Vale do Ave, que se deixem de se queixar das dificuldades e da concorrência chinesa, pois com estes preços conseguem produzir com os salários nacionais e encher bem os bolsos. Se grande parte da margem fica nos distribuidores (comerciantes), que comessem a negociar melhor os seus preços, e porque não criarem a marca e passarem eles a distribuir os seus produtos. O produtor é que tem o mais importante.